Qual a importância de um Projeto Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD?
- EcoAmb Consultoria
- 7 de ago. de 2020
- 4 min de leitura
Você já se questionou o que ocorre durante o processo de recuperação ambiental e qual a importância de se realizar um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)?
Se você quer saber mais sobre o assunto, continua comigo que vou te contar um pouquinho mais sobre o assunto.

Primeiramente é importante conhecer um pouco sobre alguns conceitos.
O que é área degradada?
Podemos entender como uma área que por intervenção humana, apresenta alterações de suas propriedades físicas, químicas ou biológicas.
Essas alterações podem comprometer, temporária ou definitivamente a composição, estrutura e funcionamento do ecossistema natural do qual faz parte.
Área degradada x Área perturbada
Área degradada - sofreu distúrbios intensos, por isso não possui meios de regeneração natural, isto é, precisa da intervenção do homem para que ocorra a recuperação ambiental.
Área perturbada (alterada) - sofreu distúrbios de menor intensidade, por isso possui meios de regeneração natural.
A degradação pode ser fruto de:
Mineração;
Uso intensivo do solo para fins agropecuários (herbicidas, salinização do solo, superpastejo, etc);
Queimadas consecutivas;
Desmatamento;
Processos erosivos;
Outros.
O que é a Recuperação Ambiental?
Um processo induzido pelo homem para recuperar as condições ambientais (vegetação, flora, fauna, clima, água, solo e microrganismos) de um ecossistema degradado.
A recuperação de áreas degradadas está intimamente ligada à ciência da restauração ecológica, isto é, processo de alteração intencional de um habitat para estabelecer um ecossistema definido, natural e histórico local. Visando imitar a estrutura, a função, a diversidade e a dinâmica do ecossistema original.
Quais os objetivos da recuperação ambiental?
Fornecer ao ambiente degradado, condições favoráveis a reestruturação da vida num ambiente que não tem condições físicas, químicas e/ou biológicas para se regenerar naturalmente.
Qual a importância e os benefícios da recuperação ambiental?
Cada ambiente irá apresentar suas características específicas, de acordo com o tipo de degradação, com a cobertura de solo, os tipos de solo, proximidade com corpos de água e remanescentes florestais, entre outra características.
Abaixo seguem algumas das técnicas de recuperação mais utilizadas e seus benefícios:
Relevo
Reconformação topográfica: técnica que visa retornar as características topográficas da região à características próximas ao estado anterior a degradação.
Solo
Composição e fertilidade: existem situações onde o solo pode estar descaracterizado, sem fertilidade ou contaminado, por isso são utilizadas técnicas para recomposição do solo.
Proteção e estabilização de taludes (inclinação do terreno): técnicas que visam a proteção de encostas e estabilização do solo contra processos erosivos.
Qual a importância do uso de técnicas para controle de processos erosivos?
- Evitam a perda de solo pelo arraste de partículas; o assoreamento de nascentes, córregos e rios; a contaminação das águas por agroquímicos que são arrastados com partículas do solo; e o desmoronamento de encostas e taludes, entre outros.
Hidrografia
Avaliação dos recursos hídricos: ações que visam verificar alterações nos cursos de água e possíveis contaminações. São desenvolvidas técnicas que visam recuperar e proteger os cursos de água.
Por exemplo, a alteração intencional do trajeto do curso de água, como a retificação ou mesmo a captação de água, sem o devido cuidado podem trazer sérias consequências para o curso de água.
Vegetação
Recuperação da vegetação: ações que visam recuperar a vegetação nativa de áreas protegidas que foram degradadas. Nesse processo, primeiramente, é avaliado qual o tipo de vegetação existente na área degradada e em áreas próximas (se houver). Depois, qual o grau de desenvolvimento, ou seja, se apresenta características de estágio inicial, médio ou avançado de regeneração natural da vegetação. Por último, após essas avaliações é possível traçar as metodologias de recuperação mais indicadas para cada área.
Metodologias de regevetação:
Sistemas de nucleação: consiste na formação de "ilhas" de vegetação de espécies com capacidade ecológica de melhorar o ambiente e facilitar a ocupação de outras espécies. Abaixo segue alguns tipos de nucleação:
*Chuva de sementes: são as sementes de várias espécies retiradas de fragmentos florestais e dispersadas na área degradada.
*Transposição de solo: o banco de sementes de áreas degradadas é um dos fatores importantes para o início do processo de regeneração, nessa técnica é retirado o solo de fragmentos florestais próximos e colocado na área degradada.
*Plantio espécies chaves: a escolha de espécies que tenham a capacidade de florir e frutificar rapidamente, atrairá predadores, polinizadores, dispersores e decompositores para os núcleos formados.
*Poleiros artificiais: são galhos secos imitando árvores que vão atrair animais como aves e morcegos, que usam os poleiros e acabam dispersando sementes.
Plantio de mudas nativas: pelo sistema sucessional (espécies de estágio inicial de regeneração, espécies de estágio secundário e espécies de estágio avançado, conhecidas como pioneiras, secundárias e clímax).
Semeadura direta: é o lançamento manual de sementes que visam contribuir para cobertura e descompactação do solo e acúmulo de matéria orgânica. Recomenda-se o uso de gramíneas anuais.
Qual a importância da recuperação da vegetação?
- A recuperação da vegetação (flora) é o próximo passo, após a recuperação do relevo e do solo. Além de promover a preservação das espécies de plantas daquele local, a recuperação da flora, vai propiciar abrigo para fauna e fonte de recurso para diversas espécies de animais, criando corredores ecológicos, ajudando a proteger o solo de processos erosivos, aumentando a fertilidade natural e ainda protege corpos d'água de contaminação e assoreamento, no caso das matas ciliares.
Além disso, em determinadas situações, pode gerar renda ao proprietário, através do uso sustentável dos recursos naturais, complementando a renda, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte.
Quando um ecossistema pode ser considerado recuperado?
É considerado recuperado e restaurado, quando contém recursos bióticos (fauna, flora) e abióticos (clima, água, tipo de solo) suficientes para continuar seu desenvolvimento sem auxílio ou subsídios adicionais, isto é, a ajuda do homem.
Quer tirar suas dúvidas sobre o assunto?
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